Antes de continuar, quero relatar um pouco da minha primeira
impressão quando cheguei em La Paz que, inicialmente resumo em 3 palavras:
Grande: realmente não imaginava que La Paz era tão grande...
Vindo de Copacabana você tem uma visão “de cima” e a cidade vai muito alem do
que se pode ver.
Suja: as ruas são extremamente limpas, mas.... Poluição,
pessoas urinando nas ruas e mãos sujas são campeãs para compor esse quesito...
Esse ultimo foi um dos motivos
pelos quais também tive dificuldades para comer. Não sou uma pessoa fresca para
comer, e quando li alguns comentários/relatos antes da viagem sobre a higiene
achei que fosse um exagero, mas não eram.
Existem muitas barraquinhas de lanches nas ruas, mas as mãos das mulheres
que estão preparando a comida ou os restaurantes e lanchonetes mais populares
são tenebrosos.
Se você comer um desses lanches
pode fazer um turismo hospitalar ou pode acontecer o mesmo que aconteceu
comigo: NADA. Voltando da estrada da morte, estava morrendo de fome e não tinha
absolutamente nada aberto perto do hostel onde estava hospedada. Não tive outra
opção a não ser encarar um desses lanchinhos. Eu definitivamente não recomendo
comê-los pois o risco de passar mal é grande, não só pela sujeira mas também pelos
temperos fortes.
Deixando um pouco de lado essa
sujeirinha, quero deixar registrado que fique APAIXONADA por uma das comidas
típicas: QUINUA. Provei um doce feito de quinua e só posso dizer que foi uma
das melhores coisas que já provei na vida!
Pobre: considerando que capitais e cedes do governo são,
geralmente, mais estruturadas que as demais regiões, La Paz é uma exceção e mantém o padrão de
casas sem acabamento e que lembram as construções das nossas comunidades. Alem
das construções, você percebe essa pobreza nas pessoas, nos carros... Dá só uma
olhada:
Um
rapaz vestido assim me abordou e: gelei!!! Na hora pensei que seria roubada,
mas ele só me ofereceu seus serviços como lustrador de sapatos.
Do jeito que estou apontando parece ser um lugar horrível,
mas não é e para ver a beleza por traz das dificuldades ou das coisas que não são
tão boas é preciso se permitir!